Orientações
para Actividades de Leitura
Programa –
Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
PNL
◗ Evitar prolongar excessivamente o trabalho com um mesmo livro.
◗ Voltar a ler a mesma história se as crianças o solicitarem, mas de modo a não cansar ou tornar o trabalho monótono.
Ouvir histórias – um primeiro passo para dominar a leitura
Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enriquecimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os acontecimentos do seu quotidiano.
Ler histórias tradicionais na sala de aula
Na categoria de histórias tradicionais incluem-se as lendas, as fábulas, os mitos e os contos populares. Todas estas histórias começaram por ser transmitidas oralmente, um dia foram registadas por escrito e, a partir de então, foram reescritas por muitos e variados autores, em prosa e
Se resistiram ao tempo e foram recontadas com as adaptações indispensáveis a cada época, é porque encantam. E se encantam é porque contêm verdades intemporais acerca das características mais profundas do ser humano e das suas contradições.
As histórias tradicionais, que as crianças acolhem com agrado, devem ser abordadas o mais cedo possível.
Ler vários tipos de histórias: histórias de animais, fadas e bruxas / histórias divertidas/ histórias com aventura, magia e fantasia na sala de aula
As histórias infantis com animais personificados, fadas, bruxas, com aventura, magia e fantasia agradam geralmente às crianças. Prestam-se por isso à leitura na sala de aula, à observação das imagens e ao diálogo sobre as situações narradas e ilustradas.
Tal como as histórias tradicionais, estes tipos de histórias podem suscitar vários tipos de actividades de expressão, que muito contribuem para fomentar o entusiasmo pelos livros.
◗ dramatizações;
◗ teatros de fantoches;
◗ teatros de sombras;
◗ ilustrações;
◗ recontos orais;
◗ poemas inspirados nas personagens ou nas histórias que podem ser musicados e cantados;
◗ elaboração de livros ilustrados pelas crianças.
As histórias que apresentam situações do quotidiano têm em geral a intenção de sensibilizar para as questões que se colocam no relacionamento entre as pessoas da mesma família, no seio de um grupo de amigos e que, em momentos de crise, podem desencadear sentimentos de perplexidade, susto, medo, ciúme, isolamento, insegurança, etc. Em alguns casos, o autor deixa os dilemas em aberto, noutros casos tem a preocupação de veicular mensagens positivas.
Para que a leitura de histórias do quotidiano tenha efeitos positivos, o educador deve assegurar:
◗ que os alunos compreendem e aderem afectivamente ao enredo;
◗ que se interessam pelas situações vividas pelas personagens;
◗ que estão interessados em debater as questões que o texto levanta.
Ler poemas na sala de aula
A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela língua materna. A rima, o ritmo, a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva dos cambiantes, da riqueza, das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, tão decisiva para a formação do indivíduo, adquire assim um carácter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens e sentimentos contidos na palavra são actividades de adesão imediata que podem e devem ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetização, pois constituem uma excelente forma de preparação para a aprendizagem da leitura e da escrita.
Ler Livros informativos na sala de aula
Os livros informativos com ilustrações ou fotografias, sobre temas científicos ou artísticos, agradam muito às crianças, ajudam-nas a obter conhecimentos e habituam-nas a recorrer aos livros para se apoiarem na compreensão da realidade.
Etapas da leitura
1.ª Etapa: Apresentação do Livro/Leitura
◗ Apresentar o livro de forma sugestiva, chamando a atenção para as imagens, para as personagens e situações, despertando a curiosidade pelo enredo.
◗ Ler e contar a história, mostrando bem o livro e cada uma das páginas, apresentar as ilustrações, chamar a atenção para pormenores engraçados a fim de prender a atenção das crianças e assegurar a compreensão da história.
◗ Sempre que possível, criar empatia com as personagens e um clima de emoção.
◗ Terminada a leitura/apresentação, promover o reconto da história em diálogo, assegurando que todas as crianças participam.
◗ Explicar o que for necessário recorrendo às imagens para esclarecer passagens que não tenham sido bem compreendidas.
◗ Tentar captar na expressão das crianças se todas compreenderam a história e construíram imagens mentais.
◗ Ilustrações feitas individualmente ou em grupo.
◗ Recorte e colagem de figuras e pintura de cenas alusivas à história, para elaboração de cartaz a afixar na sala ou noutro espaço da escola.
◗ Reconto da história com base nas ilustrações dos alunos, recorrendo a retroprojector e acetatos, projector e diapositivos feitos em acetato, fotografia ou digitalização de desenhos ou cartazes e respectiva projecção com data show.
◗ Trabalhos de expressão plástica, recorrendo a estampagem, moldagem em barro ou plasticina e a outras técnicas centradas em cenas, figuras ou pormenores da história.
◗ Elaboração de versos sobre a história que encaixem em músicas conhecidas para poderem ser cantadas.
◗ Dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história.
◗ Elaboração de máscaras para apoiar a dramatização.
◗ Elaboração de fantoches, de silhuetas para teatro de sombras e dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história.
◗ Jogos de descoberta e de adivinhas para verificar a compreensão e a adesão.
5-5-2012
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