sábado, 5 de maio de 2012


Orientações para Actividades de Leitura
Programa – Está na Hora dos Livros | Jardim de Infância
PNL

 Orientações gerais
Escolher obras muito variadas para que as crianças contactem com grande diversi­dade de autores, de temas, de estilos, de ilustrações.
Evitar prolongar excessivamente o trabalho com um mesmo livro.
Voltar a ler a mesma história se as crianças o solicitarem, mas de modo a não cansar ou tornar o trabalho monótono.
Ouvir histórias – um primeiro passo para dominar a leitura
Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, persona­gens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enrique­cimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os aconteci­mentos do seu quotidiano.
Ler histórias tradicionais na sala de aula
Na categoria de histórias tradicionais incluem-se as lendas, as fábulas, os mitos e os con­tos populares. Todas estas histórias começaram por ser transmitidas oralmente, um dia foram registadas por escrito e, a partir de então, foram reescritas por muitos e variados autores, em prosa e em verso. Além de serem um poderoso suporte cultural, e depositárias de conhecimentos, sabedoria, convicções, práticas sociais, juízos de valor, representam também os voos de imaginação de gerações sucessivas.
Se resistiram ao tempo e foram recontadas com as adaptações indispensáveis a cada época, é porque encantam. E se encantam é porque contêm verdades intemporais acerca das características mais profundas do ser humano e das suas contradições.
As histórias tradicionais, que as crianças acolhem com agrado, devem ser abordadas o mais cedo possível.
Ler vários tipos de histórias: histórias de animais, fadas e bruxas / histórias divertidas/ histórias com aventura, magia e fantasia na sala de aula
As histórias infantis com animais personificados, fadas, bruxas, com aventura, magia e fan­tasia agradam geralmente às crianças. Prestam-se por isso à leitura na sala de aula, à obser­vação das imagens e ao diálogo sobre as situações narradas e ilustradas.
Tal como as histórias tradicionais, estes tipos de histórias podem suscitar vários tipos de actividades de expressão, que muito contribuem para fomentar o entusiasmo pelos livros.
 Exemplos de actividades de expressão:
dramatizações;
teatros de fantoches;
teatros de sombras;
ilustrações;
recontos orais;
poemas inspirados nas personagens ou nas histórias que podem ser musicados e cantados;
elaboração de livros ilustrados pelas crianças.
Ler histórias do quotidiano na sala de aula
As histórias que apresentam situações do quotidiano têm em geral a intenção de sensi­bilizar para as questões que se colocam no relacionamento entre as pessoas da mesma família, no seio de um grupo de amigos e que, em momentos de crise, podem desencadear sentimentos de perplexidade, susto, medo, ciúme, isolamento, insegurança, etc. Em alguns casos, o autor deixa os dilemas em aberto, noutros casos tem a preocupação de veicular mensagens positivas.
Para que a leitura de histórias do quotidiano tenha efeitos positivos, o educador deve assegurar:
que os alunos compreendem e aderem afectivamente ao enredo;
que se interessam pelas situações vividas pelas personagens;
que estão interessados em debater as questões que o texto levanta.
Ler poemas na sala de aula
A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela língua materna. A rima, o ritmo, a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva dos cambiantes, da riqueza, das poten­cialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, tão decisiva para a formação do indivíduo, adquire assim um carácter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens e sentimentos contidos na palavra são actividades de adesão imediata que podem e devem ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetização, pois constituem uma exce­lente forma de preparação para a aprendizagem da leitura e da escrita.
Ler Livros informativos na sala de aula
Os livros informativos com ilustrações ou fotografias, sobre temas científicos ou artísticos, agradam muito às crianças, ajudam-nas a obter conhecimentos e habituam-nas a recorrer aos livros para se apoiarem na compreensão da realidade.
Etapas da leitura
1.ª Etapa: Apresentação do Livro/Leitura
Apresentar o livro de forma sugestiva, chamando a atenção para as imagens, para as personagens e situações, despertando a curiosidade pelo enredo.
Ler e contar a história, mostrando bem o livro e cada uma das páginas, apresentar as ilustrações, chamar a atenção para pormenores engraçados a fim de prender a aten­ção das crianças e assegurar a compreensão da história.
Sempre que possível, criar empatia com as personagens e um clima de emoção.
 2.ª Etapa: Reconto/Diálogo
Terminada a leitura/apresentação, promover o reconto da história em diálogo, asse­gurando que todas as crianças participam.
Explicar o que for necessário recorrendo às imagens para esclarecer passagens que não tenham sido bem compreendidas.
Tentar captar na expressão das crianças se todas compreenderam a história e cons­truíram imagens mentais.
 Alguns exemplos:
Ilustrações feitas individualmente ou em grupo.
Recorte e colagem de figuras e pintura de cenas alusivas à história, para elaboração de cartaz a afixar na sala ou noutro espaço da escola.
Reconto da história com base nas ilustrações dos alunos, recorrendo a retroprojector e acetatos, projector e diapositivos feitos em acetato, fotografia ou digitalização de desenhos ou cartazes e respectiva projecção com data show.
Trabalhos de expressão plástica, recorrendo a estampagem, moldagem em barro ou plasticina e a outras técnicas centradas em cenas, figuras ou pormenores da história.
Elaboração de versos sobre a história que encaixem em músicas conhecidas para poderem ser cantadas.
Dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história.
Elaboração de máscaras para apoiar a dramatização.
Elaboração de fantoches, de silhuetas para teatro de sombras e dramatização de cenas que reproduzam os momentos da história.
Jogos de descoberta e de adivinhas para verificar a compreensão e a adesão.

 Pesquisa realizada por Mª Jesus Gouveia Ramos Santos

5-5-2012


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